quarta-feira, agosto 29, 2012

Mesma aprendizagem de sempre; Novo contexto



Quando alguém tem uma dúvida, ou necessita de obter informação sobre algo muito provavelmente, procura no Google, cuja resposta também muito provavelmente obterá na Wikipédia, onde o português é o décimo idioma em número de artigos, sendo quinto em termos de número de utilizadores da internet. Olhando para a realidade portuguesa, o Facebook tem actualmente mais de 3 milhões de utilizadores nacionais registados. Em crescente número existem os telemóveis "inteligentes" vulgo smartphones, bem como dos tabletes, com vendas muito superiores a outros tipos de telefones e terminais informáticos. Com estes, vem a utilização de pequenas aplicações, cada vez mais populares, e se olharmos para as mais descarregadas temos os jogos, as notícias, informação meteorológica e redes sociais no topo. De igual modo o modo como, onde e em quê vemos televisão está a mudar, não só pela diversificação de funcionalidades com diferentes níveis de serviço e interactividade. E mais virá de certeza com o "novos" actores na disputa de direitos televisivos, nomeadamente a Google e a Apple que têm plataformas de TV interactiva próprias e que pretendem dinamizar.

Ora, o que que estas curiosidades têm a ver com a formação profissional e com e-learning em particular? Se analisarmos estes e outros dados poderemos entender que relação é próxima. Fornecem pistas muito concretas relativamente às tendências que actualmente os indivíduos seguem respeitantes à informação que consideram relevante, como as fontes que usam e que tipos de interacção privilegiam.

A realidade interactiva que vivemos indica-nos qual o caminho a seguir e que factores serão determinantes para o sucesso de projectos formativos que respondam a necessidades especificas de qualificação rápida, específica ou de constante actualização de conteúdos, disseminação por diferentes locais mesmo que geograficamente distantes, ou até mesmo de massificação de qualificação de indivíduos.

Todos estes novos cenários de comunicação, são mais um elemento num contexto formativo repleto de oportunidades, mas também de desafios. Mais do que nunca, a mais-valia que a experiência formativa oferece para o desenvolvimento das pessoas e das organizações é medida através de características que são transversais à formação tradicional e ao e-learning, a saber:
  • A capacidade de resposta a necessidades concretas dos sujeitos, enquadrando todos os diferentes tipos de cenários formativos;
  • A qualidade intrínseca dos conteúdos formativos, e o valor que trarão ao desenvolvimento das competências inerentes;
  • A flexibilidade de conteúdos e contextos de formação, partindo de um todo formativo, mas onde cada individuo possa criar o seu enfoque individual na aprendizagem que considera pertinente ou útil;
  • A potenciação de experiências positivas e motivadoras de aprendizagem, ou seja se associarmos uma emoção positiva à formação estamos a contribuir para uma mais eficiente interiorização dos conteúdos. E este é um dos grandes desafios do e-learning.

O e-learning e ou b-learning (conjugação virtual e sala) como metodologia, tem à partida, um conjunto de pontos de interesse que vão para além dos imediatos, tais como uma racionalização do investimento na formação (menos custos directos e indirectos), da optimização de número de pessoas passíveis de serem qualificadas, ou da flexibilidade de implementação de programas, quer em termos de público-alvo, distribuição de carga horária, ou gestão individualizada dos percursos pedagógicos, entre outros.

Um dos grandes interesses desta metodologia é que dadas as suas cateterísticas naturalmente permite disponibilizar conteúdos formativos nas mais diversas temáticas sejam estas de âmbito mais ou menos especifico e/ou especializado, sejam comportamentais ou técnicas. Grande desafio é conseguir-se estabelecer um elo directo entre o ambiente virtual de aprendizagem e a realidade de cada sujeito, criar conteúdos que sejam apelativos, motivadores e interessantes para os destinatários. A resposta está com certeza, na conjugação de recursos que remetam para os contextos profissionais, nomeadamente através de conteúdos interactivos, vídeos on-line, simulações, exercícios pedagógicos tipo videojogos com contextos informais de relação e partilha de experiencias e saberes tipo redes sociais, fóruns de debate e partilha de ficheiros.

E basta um clique...